quinta-feira, 29 de março de 2012

Cães vão entregar correio elegante em feira de adoção


Para os fãs de animais, é um compromisso para marcar na agenda. (Foto: Thinkstock)


Para os fãs de animais, é um compromisso para marcar na agenda. Ou, como os organizadores gostam de fazer de trocadilho, é um “cãopromisso”. No sábado (17), o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de São Paulo realiza mais uma edição da já tradicional Festa de Adoção, a décima nos últimos cinco anos. Cerca de 400 bichos - na maioria cães, mas há também 80 gatos e 8 cavalos - estarão à disposição para serem adotados por uma família.
“A adoção é constante no CCZ. Mas esses eventos funcionam como chamarizes”, diz a gerente da entidade, Ana Claudia Furlan Mori. Para adotar um bichinho é preciso passar por um verdadeiro processo seletivo. Depois da escolha do animal, o candidato a dono bate um papo com um funcionário para saber qual o temperamento do bicho.
Então, passa-se por uma fase de entrevista de perfil, onde especialistas do CCZ vão analisar se ele está pronto para assumir a responsabilidade. “Sendo aprovada, a pessoa precisa pagar a taxa pública, atualmente de R$ 16,20. O animal já vem castrado, vacinado, micro-chipado, vermifugado e com Registro Geral do Animal (RGA), emitido na hora.
Como de praxe nesse tipo de evento, diversas atrações estão previstas. A novidade é o “cãorreio elegante”, em que os entregadores de recadinhos serão os próprios cães disponíveis para adoção. “Um voluntário humano vai acompanhar a entrega”, explica a gerente. A festa da adoção vai acontecer das 10 horas às 16 horas, no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Rua Santa Eulália, 86, Santana, zona norte de São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Eduardo Lamazón


SP: 41 gatos e 34 cães ganham novo lar após 'festa de adoção'



Mulheres beijam cão no 1º Encontro de Amantes de Animais em Santana, na zona norte de São Paulo
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra

Mais de 80 animais, entre cães e gatos, receberam uma nova casa neste sábado, durante a festa de adoção do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de São Paulo. Foram adotados 47 felinos e 34 cachorros, entre eles cinco pitbulls. Cerca de 30 pessoas se mostraram interessadas em adotar os cavalos.
O evento aconteceu das 10h às 16h e registrou histórias como a da cachorrinha Filó. O casal Roseli e Rogério Ber saiu cedo da Pompeia, na zona oeste da cidade, com a ideia de adotar a cadelinha que viram em uma foto. Às 9h15, antes mesmo de o portão abrir, os dois já estavam na fila e, às 10h30, foram embora com Filó. "Nós já temos um cachorro, um coelho e uma calopsita, mas nos apaixonamos por ela. É muito gostoso receber o carinho dos animais", disse Roseli.
Camila, de 6 anos, saiu do CCZ com a gatinha Vitória, uma filhote. "Agora tenho uma nova amiguinha", comemorou.
A festa contou com atrações como test-dog, "cãorreio" elegante, desfile de cães, "cãotinho" interativo, exposição de fotos, apresentações circenses e dança cigana.
Cerca de 350 cães e gatos ainda aguardam um novo lar no CCZ, todos vacinados, esterilizados, micro-chipados, tratados contra pulgas e carrapatos e vermifugados. Os interessados devem levar coleira para os cães e caixa de transporte para os gatos, além de CPF, RG e comprovante de residência. A taxa referente à adoção é de R$ 16,20, com emissão do Registro Geral do Animal (RGA) na hora.

Polícia vai investigar agressão que deixou cadela paralítica em MS

Animal está internado em clínica veterinária de Campo Grande há 19 dias.
Mais de 100 pessoas de várias cidades do país e do exterior querem adotá-la.


Do G1 MS


Após agressão Mel ficou com as patas posteriores paralisadas (Foto: Aliny Mary Dias/G1 MS)

A Polícia Civil abriu inquérito nesta sexta-feira (16) para apurar um caso de maus-tratos contra uma cadela vira-lata de 3 meses, que teria sido chutada pelo dono e perdeu os movimentos das patas traseiras. A cadelinha, que foi batizada como Mel, está há 19 dias em uma clínica veterinária de Campo Grande, e teria sido levada pelo dono que não voltou ao local.
De acordo com a médica veterinária Ana Lúcia Salviatto, a cachorrinha foi deixada na clínica no dia 27 de fevereiro por um homem que dizia tê-la encontrado na rua. Dois dias depois o suspeito acabou dizendo que tinha chutado o animal. “Nós desconfiamos e no final ele disse que tinha mal tratado o animal e nunca mais apareceu”, recorda a veterinária.
Mel teve fratura na tíbia e os membros inferiores ficaram paralisados, a cadela não anda e não consegue se equilibrar nas patas da frente. A filhote toma medicamentos para fortalecimento muscular e vitaminas. Ana Lúcia afirma que uma cirurgia, sessões de fisioterapia e acupuntura serão necessárias para que a cadela tenha melhor qualidade de vida. “As chances dela andar são mínimas, depois da cirurgia vamos avaliar a condição clínica dela”.
Depois de estabilizar a saúde do animal, a médica divulgou o caso nas redes sociais. A foto da cadela foi visualizada por várias pessoas e a lista de possíveis novos donos da Mel já passa de 100 pessoas de cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas e até Londres, na Inglaterra.
A veterinária conta que no primeiro contato que teve com a cadela chegou a pensar em praticar a eutanásia em razão das dores que o animal sentia, mas depois de analisar a condição clínica, resolveu continuar com o tratamento. “Nós vamos explicar para as pessoas que não é um animal fácil, o trabalho e gasto serão grandes. Se ninguém tiver condições, vamos ficar com ela aqui na clínica. Já estão todos apegados”, conta Ana Lúcia.


Raio X mostra lesão sofrida pela cadela após
agressão (Foto: Aliny Mary Dias/G1MS)

O delegado Miguel Said da 1ª Delegacia de Polícia Civil da capital disse ao G1 que soube do caso através das redes sociais e decidiu investigá-lo. “Nós tomamos conhecimento e entramos em contato com a clínica, as investigações estão iniciando e temos alguns indícios que podem ajudar na identificação do suspeito”.
A pessoa responsável pela agressão pode responder por crime de maus-tratos, com pena de três meses a 1 ano de detenção. De acordo com o delegado, o caso deve ser repassado para a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista (Decat) ainda nesta sexta-feira.


Veterinária afirma que possibilidade de filhote voltar
a andar é mínima (Foto: Aliny Mary Dias/G1MS)

O delegado Miguel Said da 1ª Delegacia de Polícia Civil da capital disse ao G1 que soube do caso através das redes sociais e decidiu investigá-lo. “Nós tomamos conhecimento e entramos em contato com a clínica, as investigações estão iniciando e temos alguns indícios que podem ajudar na identificação do suspeito”.
A pessoa responsável pela agressão pode responder por crime de maus-tratos, com pena de três meses a 1 ano de detenção. De acordo com o delegado, o caso deve ser repassado para a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista (Decat) ainda nesta sexta-feira.
Comoção
Médicos veterinários de várias especialidades se prontificaram a atender a filhote depois que souberam do caso pela internet. Um médico ortopedista irá realizar a cirurgia sem cobrar nada. Fisioterapeutas e acupunturistas devem auxiliar no tratamento da cadela.
Uma cadeira de rodas adaptada, conhecida como carrinho, também deve ser doada para que Mel consiga se locomover com as patas da frente. “No início queríamos um dono, agora estamos buscando doações para que ela tenha toda o tratamento de ótima qualidade sem custo algum”, afirma Ana Lúcia.

Abate de jegues: Tripoli solicita informações ao Ministério das Relações Exteriores



Postado por Tripoli em março 13th, 2012


(Brasília, 13 de março de 2012) – Vice-Líder do PSDB na Câmara, o deputado federal Ricardo Tripoli (SP), solicitou nesta terça-feira ao Ministério das Relações Exteriores informações sobre o acordo firmado entre Brasil e China que trata da exportação de jumentos e jegues nordestinos para fins de abate para consumo.

JUSTIFICATIVA DESCABIDA

Em ofício enviado ao Ministro Antonio Patriota, o parlamentar paulista manifestou repúdio e descontentamento acerca do acordo firmado – há cerca de um mês – e que liberou o intercâmbio desses animais para serem utilizados na indústria chinesa de alimentos e cosméticos.
O deputado reiterou que há “desatendimento dos preceitos de bem-estar animal, difundidos e exigidos para o setor, no Brasil, na União Européia e nos principais mercados e países com os quais o governo brasileiro mantém relações comerciais”.
A China, que abate 1,5 milhão de burros ao ano, pretende importar 300 mil jumentos do Nordeste.
Na avaliação de Tripoli, a repulsa não se restringe às questões de ordem cultural ou econômica, mas esbarra em entraves técnicos e éticos, além de ser descabida a justificativa de superpopulação, o que demandaria ações eficazes de gerenciamento de saúde pública local.
Fonte: Assessoria do deputado.

Viva o Panamá!

Eu tenho a IMENSA FELICIDADE de compartilhar com vocês uma grande notícia: O PANAMÁ deu ao mundo um exemplo de ÉTICA, ao determinar a ABOLIÇÃO das TOURADAS no país!
Eu tenho a IMENSA FELICIDADE de compartilhar com vocês a notícia que acabo de receber agora. O PANAMÁ deu ao mundo um exemplo de ÉTICA, ao determinar a ABOLIÇÃO das TOURADAS no país.



Carta aos humanos

Carta aos Humanos:

“Fui criado pelo mesmo Deus que criou você. Sinto frio, fome, sede, medo, dor, assim como você. Por favor, não me use para se divertir, não me exponha ao ridículo, não me humilhe, não me maltrate e nem abuse de mim.Só o que quero é sua amizade e carinho. Não peço que goste de mim, mas somente que me respeite.Olhe nos meus olhos e depois olhe nos seus e verá como somos parecidos. No meu olhar você pode ver doçura, alegria, tristeza, desespero, amor ou sofrimento, e isso eu também posso ver no seu olhar! Por capricho do nosso criador, não posso falar e nem me defender da brutalidade e crueldade dos seus semelhantes, mas se eu pudesse falar agora, diria a todos que eu também mereço viver e sou digno de respeito, assim como você..”


Leonardo da Vinci e os Animais


Chegará o dia em que o homem conhecerá o íntimo do animal, e neste dia todo crime contra 

um animal será considerado um crime contra a humanidade."

(Leonardo da Vinci)



Fidelidade...


Pit Bull invade veículo estacionado em posto de combustíveis

Segunda, 20 de Fevereiro de 2012 - 19h12


A Cidade

Animal foi retirado pelos bombeiros e levado ao Centro de Controle de Zoonoses


Foto: Erika Pires / Especial




Com medo, animal procurou abrigo no assoalho do veículo



Um cão da raça pit bull invadiu um carro que estava estacionado em um posto de combustíveis no Jardim Independência, na tarde desta segunda-feira (20), em Ribeirão Preto.
Um cliente do posto deixou a porta do veículo aberta e foi até a loja de conveniência, momento em que o animal entrou no carro e se escondeu ao pé do banco do passageiro.
O Corpo de Bombeiros fez a captura do animal, que foi encaminhado para o Centro de Controle de Zoonoses. Segundo uma testemunha, o cachorro estava com medo de trovões e por isso procurou abrigo.



Lealdade


Brasileiros lutam para defender animais maltratados

Edição do dia 15/02/2012
15/02/2012 20h02 - Atualizado em 15/02/2012 20h04


O Globo Repórter desta sexta (17) conta histórias como a da gaúcha que protege cavalos do chicote e da carioca que abriga 150 gatos em seu sítio.





O Globo Repórter desta sexta-feira (17) mostra os brasileiros que lutam para defender bichos maltratados. Uma gaúcha protege os cavalos do chicote e do excesso de carga. Uma carioca abriu as portas do seu sítio para 60 cachorros e 150 gatos.
Liberdade para voar: Um mineiro que convenceu uma cidade inteira a abrir as gaiolas e devolveu o canto dos pássaros às ruas e praças. Uma baiana mudou uma tradição de 200 anos para livrar os animais do sofrimento nas festas populares.
Você vai conhecer o ronco dos bugios na serra gaúcha e o médico que construiu um abrigo para os animais selvagens caçados pelo tráfico e expulsos da mata pela devastação ambiental. O cachorro-do-mato hesita na hora da libertação. Será que ele consegue voltar à floresta?
Coelhos, gatinhos e papagaios em busca de um lar e a vida doméstica das famílias que acolhem os animais sem destino.

Amor


“O Estado falha na proteção dos animais”, diz Nina Rosa

07 de fevereiro de 2012 às 10:45


Foto: Reprodução/Verbo 21

Estado falha na proteção aos animais. “A maior parte do trabalho pelos animais de atribuição do Estado é realizada por organizações de defesa animal e por protetores independentes, sem nenhuma ajuda de custo”, de acordo com Nina Rosa Jacob, uma das mais importantes ativistas em defesa dos direitos animais no país, fundadora e presidente do instituto, que leva seu nome e colunista da ANDA.
Dedicada a esta árdua tarefa em defesa dos direitos dos animais, Nina Rosa avalia como “inacreditável” o que os protetores conseguem fazer sozinhos, apenas com a ajuda de pessoas sensíveis à causa.
Para ela, seria justo o Estado ressarcir aos protetores todos os gastos que vêm tendo, há anos, para fazer esse trabalho de responsabilidade do governo. A ativista acrescenta que são os protetores que vão para a internet pedir justiça para os crimes – muitas vezes hediondos – e sem punição contra os animais.
“Talvez a falha mais grave do Estado seja a falta do exemplo de valores positivos e da educação de seu povo”, na opinião de Nina Rosa. A questão dos direitos dos animais é um tema que precisa evoluir no Brasil. Ela advoga a necessidade de “punição mais severa” para os crimes contra os animais, a criação de “delegacias especializadas, promotorias especializadas em atendimento aos crimes contra os animais”. Porém, mesmo a punição, quando não associada à educação, não resolve, pondera a defensora.
O Instituto Nina Rosa surgiu em 2000 e acredita que a educação e o exemplo têm poder de transformar e incentivar a responsabilidade pela natureza, pelo reino animal e pela própria humanidade. Por isso realiza projetos e produz material educativo focados na Educação em Valores, para a formação de uma sociedade mais justa e pacífica.
Veja a entrevista que Nina Rosa Jacob concede ao Observatório Eco, com exclusividade.
A freqüência de prática de maus-tratos em animais no Estado de São Paulo, por exemplo, é constante. Na sua avaliação, os pais falham na educação dos filhos quando o tema é respeito aos animais? Se a falha já começa na família, como a sociedade depois pode corrigir essa distorção de comportamento?
Nina Rosa Jacob: A maioria dos pais falha no exemplo de compaixão pelos animais, em geral porque também não tiveram esse exemplo. Acreditamos que nunca é tarde para se educar em valores positivos. Não podemos mudar o passado, mas podemos interromper um ciclo vicioso de violência ou de negligência com relação à vida.
As crianças de hoje, apoiadas em seus sentimentos de compaixão e solidariedade podem desenvolver esses sentimentos, se incentivadas, e irradiá-los no entorno.
Ao sermos exemplos positivos de respeito a nossos irmãos co-habitantes deste planeta, sejam eles animais humanos, não humanos, vegetais ou minerais, estaremos fortalecendo essa corrente que, apesar do caos aparente, tem a coragem de agir diferente, de fazer o bem.

O Instituto Nina Rosa (INR) se preocupa com a edição de campanhas educativas em prol da defesa dos animais, o que esse engajamento revela ao longo do tempo? É muito difícil sensibilizar as pessoas por um comportamento mais digno em favor dos animais?

Nina Rosa Jacob: O INR respeita aqueles que pensam diferente dele, mas não gasta energia em tentar convencê-los. Nosso trabalho é informar e sensibilizar. As pessoas que se transformam são aquelas que já estavam almejando, internamente, essa mudança.
Revelamos, por meio de vídeos, livros, palestras e cursos, como é a realidade oculta por trás de produtos e serviços que exploram animais. Para uma boa parte das pessoas – aquelas que não querem praticar o mal, mas que o praticavam sem saber, só o fato de conhecerem a realidade já os transforma.

Atualmente, o ‘pet’, aqui seria o animal doméstico, é visto como uma mercadoria desta indústria de ‘pets’ shops, ou realmente revela uma preocupação do homem em cuidar melhor dos bichinhos? Muitos criticam essa tendência de humanização desses animais. De que forma a senhora avalia essa situação?

Nina Rosa Jacob: Em a minha opinião os animais merecem o mesmo respeito e cuidados que os humanos. O que não quer dizer usar botinhas, perfume, coleiras de pedras preciosas, nem levá-los a locais inadequados e estressantes para eles.
Falamos de atenção, cuidados médicos-veterinários, alimentação saudável, brincadeiras pacíficas, conforto, liberdade com educação, passeios diários para socialização e exercício físico, enfim: amor.
No chamado mercado pet, o bem-estar do animal não é prioridade, mas sim o lucro. É necessário ter muito discernimento, procurar informação e saber quais produtos desse mercado apoiar, para não patrocinar – mesmo sem querer – crueldade de testes com animais.
Somos contrários à comercialização de animais de qualquer espécie. Esse comércio é um grande fator de coisificação e de maus-tratos, pois pessoas menos informadas acreditam que “comprei, é meu e faço dele o que quiser“.
Indicamos a adoção, processo simples e responsável oferecido por protetores independentes ou organizações de defesa animal. Em São Paulo temos um Centro de Adoção de Animais, onde o interessado na adoção pode interagir com os animais, livres, sem gaiolas, para conhecer e melhor escolher o novo membro da família.

Em sua opinião o Estado falha por omissão quando o tema é a vida digna dos animais?
Nina Rosa Jacob: Sim, o Estado falha. A maior parte do trabalho pelos animais de atribuição do Estado é realizada por organizações de defesa animal e por protetores independentes, sem nenhuma ajuda de custo.
Os protetores, por amarem os animais e respeitarem seu direito à vida digna, desdobram-se fazendo praticamente o impossível para resgatar animais em situação de risco, negligência, abandono, maus-tratos e oferecer atendimento médico-veterinário, conseguir lares transitórios e/ou hotéis enquanto trabalham sua adoção.
É inacreditável o que os protetores conseguem fazer sozinhos, apenas com a ajuda de pessoas sensíveis à causa. Seria justo o Estado ressarcir aos protetores todos os gastos que vêm tendo, há anos, para fazer o trabalho dele. E além de tudo são os protetores que vão para a internet pedir justiça para os crimes – muitas vezes hediondos – (e sem punição) contra os animais.
Talvez a falha mais grave do Estado seja a falta do exemplo de valores positivos e da educação de seu povo.

Uma lei mais rigorosa na punição da prática dos maus tratos seria uma forma de minimizar essa ação? Ou a maior divulgação das denúncias de maus-tratos seria mais importante? Ou a sociedade cobrar do poder Judiciário mais a aplicação da lei nos casos de crimes de maus-tratos?

Nina Rosa Jacob: As leis de proteção aos animais são cada vez mais conhecidas, porém ainda com penalidades excessivamente brandas, e o que é pior, falta punição. É uma questão de cultura e de educação.
Há que haver em todo o Brasil punição mais severa, delegacias especializadas, promotorias especializadas em atendimento aos crimes contra os animais. Porém, mesmo a punição, quando não associada à educação, não resolve. Precisamos educar nosso povo. E o poder público deve ser um melhor exemplo de valores éticos.
Por acreditar no poder da educação em valores é que desenvolvemos o curso de capacitação para educadores.
Percebemos que cada vez mais pessoas se importam com os animais e que os crimes contra eles são mais freqüentemente revelados e denunciados.
Se antes existia quase sempre omissão da parte de testemunhas, a tendência agora é outra. A mídia tem mostrado essa nova e desejável postura. Chega de impunidade, não é? E como os animais não falam nossa língua (e nem nós a deles) se não nós, humanos sensíveis, a compreendê-los, protegê-los e falarmos por eles, quem? Denunciar maus-tratos a animais é uma forma de valorizar esses irmãos. Há uma frase de Elie Wiesel que expõe muito bem a situação da omissão: “Neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. Silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado”.

Muitos defendem que seria melhor a esterilização de gatos, cachorros, para evitar o abandono deles, mas pensando em longo prazo, essa prática inclusive defendida por defensores dos animais seria a mais adequada? A redução destes animais continuamente não pode ser desastrosa no futuro?
Nina Rosa Jacob: A esterilização ou castração de felinos e caninos é mais do que importante, é imprescindível para prevenir maus-tratos, abandono e todo tipo de crueldade.
Os animais, diferentemente da maioria dos humanos, cruzam na época do cio por instinto de procriação, e não para fazer sexo. A castração traz vários benefícios para machos e fêmeas e é um importante quesito da guarda responsável. Deve ser realizada, se possível, antes da puberdade.
Atualmente, há técnicas avançadas, menos invasivas, para esterilização das fêmeas, as vezes chamada de técnica do gancho, e da opção de esterilização química para os machos.
Os tutores ou guardiães responsáveis devem procurar sua clínica veterinária de confiança para contratar a esterilização de seus cães e gatos. A prefeitura de São Paulo oferece esse serviço gratuitamente, mediante cadastro dos animais, no Centro de Controle de Zoonoses.
Quanto à pergunta sobre a redução desses animais, respondo que estatísticas afirmam que é necessário castrar mais de 70% de uma população para que haja algum tipo de controle ou diminuição da superpopulação, que é um problema também de saúde pública.
Para se ter uma idéia, uma cadela não castrada e seus descendentes não castrados, podem gerar, em 6 anos, 64.000 animais. O número da progressão para uma gata, que pode gerar várias ninhadas por ano, é de 420.000 animais.
Portanto, por mais campanhas de castração que existam, ainda há superpopulação, ninhadas indesejadas e abandonadas, quando não afogadas ou assassinadas de formas ainda piores. Lembramos que a castração dos machos é de igual importância, pois um só macho pode emprenhar várias fêmeas. Sim! A castração é importante para evitar maus-tratos e abandono. Não só de animais sem raça definida, como também dos de raça definida, que estão pelas ruas, e nos abrigos municipais, tristes e indesejados.

Por todo esse quadro difícil na defesa dos animais, o que te anima e te incentiva a continuar nessa missão?
Nina Rosa Jacob: Nosso incentivo é o amor pelos animais, a certeza de que é melhor fazer alguma coisa – mesmo que pouco – do que não fazer nada, e a fé de que atitudes positivas irradiam grande poder transformador.
Informamos àqueles que quiserem assistir aos nossos filmes, que eles estão disponíveis para baixar gratuitamente em nosso site.
Também no site encontrarão respostas às questões mais freqüentes relativas à defesa animal, por exemplo, o que fazer ao encontrar animal em situação de risco, e ainda uma página de indicação de serviços sugerindo profissionais que trabalham com preços reduzidos.

Aprovado projeto de Tripoli que proíbe o abate de chinchila no país

Postado por Tripoli em novembro 23rd, 2011





(Brasília, 23 de novembro de 2011) – A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável aprovou nesta quarta-feira, por unanimidade, relatório ao Projeto de Lei 5956/2009, de autoria do Deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), que proíbe o abate de chinchila para fins comerciais, em todo o território nacional.

PRÁTICAS CRUÉIS

O relatório elaborado pela Deputada Rebecca Garcia (PP/AM) enaltece o projeto de Tripoli. No texto, a relatora argumenta que a chinchila será incluída – muito em breve – à lista de animais dos quais não se deve fazer uso da pele na União Européia e em outros países.
Na avaliação de Tripoli, a questão que se coloca neste projeto de lei está acima dos interesses comerciais. “Sentimo-nos no dever de combater o sacrifício de animais realizado apenas para alimentar a vaidade humana. Por que ceifar a vida desses pequenos animais para confecção de casacos de luxo?”, questiona o parlamentar paulista.

Ricardo Tripoli explica que a chinchila, pequeno roedor originário dos Andes, tem o pelo 30 vezes mais suave que o cabelo humano. “Devido à sua beleza, maciez e capacidade de isolamento térmico, as peles desse animal sempre foram muito valorizadas para a confecção de casacos de frio. Mas a indústria da moda há muito dispõe de tecnologia para produzir roupas quentes com outros materiais”, pondera o deputado. “Devemos promover na sociedade brasileira, valores em defesa da vida e contra os maus tratos a animais”, completa.

COMÉRCIO MILIONÁRIO

Estima-se que o comércio global de pele de chinchila atinja mais de US$ 10 milhões por ano. O Brasil, segundo Tripoli, é o segundo maior produtor mundial desse tipo de pele. O parlamentar sustenta ainda que, para produzir um casaco, é necessário abater entre 40 e 50 animais, o que eleva seu custo para algo em torno de 80 mil dólares (cerca de R$ 138,6 mil).

A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e seguirá para apreciação no Plenário.

Para conhecer a íntegra do projeto, clique aqui.

Clique aqui para ler o relatório.

Fonte: Assessoria do deputado

Comercial sensível mostra o salvamento de cão preso em carro



31 de janeiro de 2012

O comercial norueguês foi feito para uma companhia de seguros, mas mostra com sensibilidade o salvamento de um cãozinho já exausto, preso dentro de um carro, prestes a desfalecer sob o calor escaldante. Duas garotas passam em frente e, ao perceberem o cão, quebram o vidro do carro e o salvam.

O comercial foi feito para o verão de 2011 e com o crescente número de casos de animais presos em carros, este vídeo também sensibiliza e conscientiza as pessoas sobre o sofrimento dos animais que são vítimas da irresponsabilidade de seus tutores e qual a atitude a ser tomada, seja com ou sem seguro.

Ucrânia julga jovem acusado de matar cães e postar fotos na web


Julgamento de Oleksiy Vedula ocorre na capital, Kiev. Ativistas dos direitos animais protestaram pedindo pena rigorosa.

G1, com Reuters



Ativistas protestam diante de tribunal em que Oleksiy Vedula era julgado nesta segunda-feira (13) em Kiev, capital da Ucrânia. O adolescente é acusado de ter matado dezenas de cães e postado na internet foto dos animais mortos. Ativistas dos direitos animais pediram uma pena rigorosa para Vedula (Foto: Reuters)

Olhar....


Ladrões invadem clínica e levam filhote de dálmata em SP


12 de fevereiro de 2012 às 12:31

 
Cão precisa de tratamento veterinário após passar por cirurgia. Foto: Divulgação 


Ladrões invadiram na madrugada deste sábado em Bauru, distante 343 km de São Paulo, uma clínica veterinária localizada no Jardim Bela Vista. Além de levar um celular, medicamentos, roupinhas caninas e outros produtos, eles levaram também um filhote de dálmata, de uma cliente da clínica, que se recuperava de uma cirurgia nos olhos.
As cirurgias foram realizadas ontem e o filhote precisa de cuidados especiais e medicamentos o dia todo. A veterinária Eliana Cristina Ribeiro diz que espera apenas o filhote de volta. “Sem o tratamento ele pode até vir a morrer, não pode acontecer isso”, afirma emocionada.

Fonte: Terra

Cuidar.....


Medicina da Ufrgs ensina sem usar animais

Passados dois anos desde que o sacrifício de animais foi abolido no curso, professores e alunos estão muito satisfeitos. Conflito ético foi o principal motivo para a troca por modelos artificiais nas aulas práticas.

                                                              EcoAgência 
                 

Médico e professor Geraldo Sidiomar Duarte mostra tórax artificial que substitui uso de animais 


Por Ulisses A. Nenê

O cãozinho é trazido do canil e chega faceiro; caminha até o grupo de alunos de medicina e lambe as pernas de um deles. O clima na sala fica pesado e ninguém quer anestesiar e cortar o bichinho. Alguns estudantes, constrangidos, ameaçam ir embora. Cenas como esta ou parecidas aconteceram por diversas vezes, nos muitos anos em que animais foram usados nas aulas práticas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Famed/Ufrgs).
Era assim, anestesiando, cortando e costurando animais vivos (vivissecação), depois sacrificados, que os futuros médicos aprendiam as técnicas operatórias e outros conteúdos. Mas isto mudou em abril de 2007, quando a Famed tornou-se a primeira faculdade de medicina do Brasil a abolir totalmente o uso de animais no ensino de graduação, no que foi seguida logo depois pela Faculdade de Medicina do ABC (SP).
Não estamos falando de uma instituição qualquer: fundada há 111 anos, a Famed é considerada a melhor faculdade de medicina do país, tendo conquistado o primeiro lugar no Exame Nacional de Desempenho Estudantil de 2008 (Enade). O conflito ético foi o principal motivo para que o curso abandonasse a vivissecação, adotando o emprego de modelos anatômicos artificiais que imitam órgãos e tecidos humanos.

Aprovação dos alunos
Passados dois anos, a medida tem a total aprovação de alunos e professores, que garantem não haver nenhum prejuízo para o aprendizado médico. Aluna do quarto semestre, Sabrina de Noronha, 22 anos, diz que sequer pensava que pudesse haver a utilização de animais quando ingressou na medicina. Ela já cursou disciplinas importantes, como fisiologia, anatomia, bioquímica, histologia, onde aconteciam aulas práticas com vivissecação, e não precisou passar por esta experiência.
As aulas de anatomia, por exemplo, só utilizam cadáveres humanos. “Não tivemos contato com animais em nenhum momento. Fiquei sabendo há pouco tempo que outras faculdades usam animais e achei isso horrível; a faculdade existe para formar profissionais que vão ajudar pessoas e para isso não precisamos maltratar outros seres, não seria ético; a gente tem tanto direito à vida quanto eles (animais), não vejo diferença”, diz a aluna.
Sua colega Bárbara Kipp, 22 anos, coordenadora-geral do Diretório Central de Estudantes (DCE) da Ufrgs concorda. Segundo ela, há outros métodos já bem desenvolvidos para se aprender as técnicas médicas sem precisar recorrer à vivissecação dos cães, coelhos e outros bichos. “Nunca usei animais no curso e estou aprendendo muito bem; não me sentiria à vontade se isso acontecesse e também não vejo ninguém, nenhum colega, sentindo falta”, afirma Bárbara.
“Abolimos o uso de animais porque hoje não se precisa mais disso”, destaca o diretor da Famed, o médico endocrinologista Mauro Antônio Czepielewski. Não faltaram razões, pois havia alunos que não concordavam com o sacrifício dos cães e outros bichos nas aulas. Além da questão ética, a pressão das entidades protetoras dos animais era cada vez maior, conta o diretor.
Também estava cada vez mais difícil conseguir os animais para servirem de cobaias, havendo ainda o problema de alojá-los e depois descartá-los, após serem sacrificados. Por isso, este procedimento vinha diminuindo ano á ano e quando foi abolido, em 2007, cerca de cinco ou seis animais ainda eram retalhados por semana nas mesas de cirurgia do curso.

Modelos artificiais
A mudança foi bastante discutida, e resultou na implantação de um Laboratório de Técnica Operatória, que funciona apenas com réplicas artificiais das partes do corpo humano, explica o diretor. O projeto todo, com reforma de instalações e aquisição dos modelos, importados, custou cerca de R$ 300 mil, com recursos da própria Ufrgs, Famed, Hospital de Clínicas (o hospital universitário) e Promed, um programa do Ministério da Saúde que incentiva mudanças nos currículos dos cursos de medicina. (clique aqui para ver fotos)
O médico Geraldo Sidiomar Duarte, que deixou o cargo de diretor do Departamento de Cirurgia no início do mês, foi o responsável pela implantação do moderno laboratório. “Era uma deficiência grave do curso (a técnica operatória), tínhamos problemas para obter o animal, onde deixá-los, os cuidados pós-operatórios e o Ministério Público e as entidades protetoras vinham se manifestando, havia muitas objeções que criaram um conjunto de dificuldades”, relata.
O trabalho era considerado insalubre e aconteciam muitos acidentes biológicos (quando alunos se cortam acidentalmente), com risco de infecção pelo sangue dos animais. Agora, o local é totalmente asséptico, não se vê uma gota de sangue no espaço de 120 metros quadrados. Duarte mostra uma peça sintética que imita perfeitamente a pele humana, inclusive na textura, onde os alunos podem fazer e refazer várias vezes cortes superficiais ou profundos, costuras e pontos. E os acidentes não acontecem mais, o risco é zero, acrescenta.
Outra peça imita um intestino, a ser costurado. Numa mesa ao lado, um tórax artificial permite o treino de punções em vasos profundos, como uma imitação da veia jugular cuja pulsação é possível sentir ao toque. Membros sintéticos apresentam ferimentos diversos a serem tratados cirurgicamente. O que parece ser apenas uma pequena caixa, com uma cobertura da cor da pele, representa a cavidade abdominal para a prática de cirurgia.
O médico e professor mostra catálogos com uma infinidade de órgãos artificiais que podem ser adquiridos: “Há modelos artificiais para todos os tipos de treinamento, pode-se montar um laboratório gigantesco com eles”, diz Duarte. “Estamos muito satisfeitos, e os alunos muito mais”, completa.
“Isso qualificou enormemente os alunos”, reforça Mauro Czepielewski, o diretor do curso. Ele acredita que esta é uma tendência irreversível e que o emprego de modelos artificiais acabará chegando a todas as faculdades de medicina, em substituição aos animais. Diversos cursos, do Rio Grande do Sul e de outros estados, já pediram informações sobre o laboratório da Famed. “A consciência do não-uso de animais é importante para fortalecer uma visão de valorização da vida”, afirma.
O diretor apenas considera muito difícil substituir animais na área de pesquisa, na pós-graduação. Mas garante que os procedimentos, neste caso, seguem rigorosos requisitos do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa, com uso controlado e número limitado dos animais que servem de cobaias.
Objeção de consciência
O debate ético sobre vivissecação ganhou impulso no Estado a partir da atitude de um aluno do curso de Biologia, Róber Bachinski, que ingressou na justiça, em 2007, para ser dispensado das aulas que sacrificam animais, alegando objeção de consciência. Chegou a ganhar uma liminar, mas ela foi cassada, mediante recurso da Ufrgs, e o caso segue tramitando no Judiciário.
Segundo ele, a abolição do uso de animais na Famed reflete uma tendência mundial: “Ao abolir o uso de animais a Famed mais uma vez demonstra a sua qualidade no ensino e o seu avanço ético e metodológico. Espero que outras universidades e cursos também sigam esse modelo e que esses métodos de ensino sejam divulgados”.
Bachinski diz ainda que a abolição do uso de animais em disciplinas da medicina comprova que é possível a sua abolição em outros cursos com disciplinas equivalentes, como na farmácia, educação física, psicologia, enfermagem, biologia, veterinária. Na opinião do estudante, um novo paradigma educacional precisa ser criado, levando em conta não apenas o bem estar da sociedade e do aluno, mas também o respeito aos direitos básicos dos outros animais.
EcoAgência

“A pesquisa científica com animais é uma falácia”, diz o médico Ray Greek


Especial VEJA

Médico americano afirma que a pesquisa com animais atrasa o avanço do desenvolvimento de remédios


Marco Túlio Pires




"As drogas deveriam ser testadas em computadores, depois em tecido humano e daí sim, em seres humanos. Empresas farmacêuticas já admitiram que essa será a forma de testar remédios no futuro."


Há 20 anos, Ray Greek abandonou o consultório para convencer a comunidade científica de que a pesquisa com animais para fins médicos não faz sentido. Greek é autor de seis livros, nos quais, sem recorrer a argumentos éticos ou morais, tenta explicar cientificamente como a sua posição se sustenta. Em 2003 escreveu Specious Science: Why Experiments on Animals Harm Humans (Ciência das Espécies: Por que Experimentos com Animais Prejudicam os Humanos, ainda não publicado no Brasil) e o mais recente em 2009: FAQs About the Use of Animals in Science: A Handbook for the Scientifically Perplexed (Perguntas e Respostas Sobre o Uso de Animais na Ciência: Um Manual Para os Cientificamente Perplexos). Ele garante que sua motivação não é salvar os animais, mas analisar dados científicos.
Além disso, Greek uniu esforços com outros médicos americanos e fundou a Americans for Medical Advancement, uma organização sem fins lucrativos que advoga métodos alternativos ao modelo animal. Em entrevista para VEJA, ele diz porque, na opinião dele, a pesquisa com animais para o desenvolvimento de remédios não é necessária.

O senhor seria cobaia de uma pesquisa que está desenvolvendo algum remédio?
Claro. Se a pesquisa estivesse sendo conduzida eticamente eu seria voluntário. Milhares de pessoas fazem isso todos os dias. Por vezes elas doam tecido para que possamos aprender mais sobre uma doença, em outros momentos ingerem novos remédios para o tratamento de doenças na esperança que a nova droga apresente alguma cura.

E se o medicamento nunca tivesse sido testado em animais?
A falácia nesse caso é de que devemos testar essas drogas primeiro em animais antes de testá-las em humanos. Testar em animais não nos dá informações sobre o que irá acontecer em humanos. Assim, você pode testar uma droga em um macaco, por exemplo, e talvez ele não sofra nenhum efeito colateral. Depois disso, o remédio é dado a seres humanos que podem morrer por causa dessa droga. Em alguns casos, macacos tomam um remédio que resultam em efeitos colaterais horríveis, mas são inofensivos em seres humanos. O meu argumento é que não interessa o que determinado remédio faz em camundongos, cães ou macacos, ele pode causar reações completamente diferentes em humanos. Então, os teste em animais não possuem valor preditivo. E se eles não têm valor preditivo, cientificamente falando, não faz sentido realizá-los.

Mas todos os remédios comercializados legalmente foram testados em animais antes de seres humanos. Este não é um caminho seguro?Definitivamente não. As estatísticas sobre o assunto são diretas. Inclusive, muitos cientistas que experimentam com animais admitiram que eles não têm nenhum valor preditivo para humanos. Outros disseram que o valor preditivo é igual a uma disputa de cara ou coroa. A ciência médica exige um valor que seja de pelo menos 90%.
Esses remédios legalmente comercializados e que dependeram de pesquisas científicas com animais já salvaram milhões de vidas...
A indústria farmacêutica já divulgou que os remédios normalmente funcionam em 50% da população. É uma média. Algumas drogas funcionam em 10% da população, outras 80%. Mas isso tem a ver com a diferença entre os seres humanos. Então, nesse momento, não temos milhares de remédios que funcionam em todas as pessoas e são seguros. Na verdade, você tem remédios que não funcionam para algumas pessoas e ao mesmo tempo não são seguros para outras. A grande maioria dos remédios que existe no mercado são cópias de drogas que já existem, por isso já sabemos os efeitos sem precisar testar em animais. Outras drogas que foram descobertas na natureza e já são usadas por muitos anos foram testadas em animais apenas como um adendo. Além disso, muitos remédios que temos hoje foram testados em animais, falharam nos testes, mas as empresas decidiram comercializar assim mesmo e o remédio foi um sucesso. Então, a noção de que os remédios funcionam por causa de testes com animais é uma falácia.

Se isso fosse verdade os cientistas já teriam abandonado o modelo animal. Por que isso não aconteceu ainda? Porque o trabalho deles depende disso. Nos Estados Unidos, a maior parte da pesquisa médica é financiada pelo Instituto Nacional de Saúde [NIH, em inglês]. O orçamento do NIH gira em torno de 30 bilhões de dólares por ano. Mais ou menos a metade disso é entregue a pesquisadores que realizam experimentos com animais. Eles têm centenas de comitês e cada comitê decide para onde vai o dinheiro. Nos últimos 40 anos, 50% desse dinheiro vai, anualmente, para pesquisa com animais. Isso acontece porque as próprias pessoas que decidem para onde o dinheiro vai, os cientistas que formam esses comitês, realizam pesquisas com animais. O que temos é um sistema muito corrupto que está preocupado em garantir o dinheiro de pesquisadores versus um sistema que está preocupado em encontrar curas para doenças e novos remédios.

Onde estaria a medicina se não fosse a pesquisa com animais?No mesmo lugar em que ela está hoje. A maioria das drogas é descoberta utilizando computadores ou por meio da natureza. As drogas não são descobertas utilizando animais. Elas são testadas em animais depois que são descobertas. Essas drogas deveriam ser testadas em computadores, depois em tecido humano e daí sim, em seres humanos. Empresas farmacêuticas já admitiram que essa será a forma de testar remédios no futuro. Algumas empresas já admitiram inúmeras vezes em literatura científica que os animais não são preditivos para humanos. E essas empresas já perderam muito dinheiro porque cancelaram o desenvolvimento de remédios por causa de efeitos adversos em animais e que não necessariamente ocorreriam em seres humanos. Foram bilhões de dólares perdidos ao não desenvolver drogas que poderiam ter dado certo.

Como as pesquisas deveriam ser conduzidas?
Deveríamos estar fazendo pesquisa baseada em humanos. E com isso eu quero dizer pesquisas baseadas em tecidos e genes humanos. É daí que os grandes avanços da medicina estão vindo. Por exemplo, o Projeto Genoma, que foi concluído há 10 anos, possibilitou que muitos pesquisadores descobrissem o que genes específicos no corpo humano fazem. E agora, existem cerca de 10 drogas que não são receitadas antes que se saiba o perfil genético do paciente. É assim que a medicina deveria ser praticada. Nesse momento, tratamos todos os seres humanos como se fossem idênticos, mas eles não são. Uma droga que poderia me matar pode te ajudar. Desse modo, as diferenças não são grandes apenas entre espécies, mas também entre os humanos. Então, a única maneira de termos um suprimento seguro e eficiente de remédios é testar as drogas e desenvolvê-las baseados na composição genética de indivíduos humanos. Para se ter uma ideia, a modelagem animal corresponde a apenas 1% de todos os testes e métodos que existem. Ou seja, ela é um pedaço insignificante do todo. O estudo dos genes humanos é uma alternativa. Quando fazemos isso, estamos olhando para grandes populações de pessoas. Por exemplo, você analisa 10.000 pessoas e 100 delas sofreram de ataque cardíaco. A partir daí analisamos as diferenças entre os genes dos dois grupos e é assim que você descobre quais genes estão ligados às doenças do coração. E isso está sendo feito, porém, não o bastante. Há também a pesquisa in vitro com tecido humano. Virtualmente tudo que sabemos sobre HIV aprendemos estudando tecido de pessoas que tiveram a doença e por meio de autópsias de pacientes. A modelagem computacional de doenças e drogas é outra saída. Se quisermos saber quais efeitos uma droga terá, podemos desenvolvê-la no computador e simular a interação com a célula.
Mas ainda não temos informações suficientes para simular o corpo humano no computador...
Temos sim. Não temos informações suficientes para criar 100% do corpo humano e isso não vai acontecer nos próximos 100 anos. Mas não precisamos de toda essa informação. O que precisamos é saber como e do que um receptor celular é constituído — isso já sabemos — e a partir daí podemos desenvolver, no computador, remédios baseados nas leis da química que se encaixem nesses receptores. Depois disso, a droga é testada em tecido humano e depois em seres humanos. Antes disso acontecer, contudo, muitos testes são feitos in vitro e em tecidos humanos até chegar em um voluntário humano.
Um computador não é um sistema vivo completo. Como é possível garantir que essa droga, que nunca foi testada em animais, não será nociva aos seres humanos?
A falácia nesse argumento é que os macacos e camundongos, por exemplo, são seres vivos, mas não são seres humanos intactos. E esse argumento seria muito bom, se ele não fosse tão ruim. Drogas são testadas em macacos e camundongos intactos por quase 100 anos e não há valor preditivo no sentido de dizer quais serão os efeitos da droga no ser humano. O que essas pesquisas têm feito, na verdade, é verificar o que essas drogas causam em macacos e em seres humanos separadamente e não há relação. Por isso, o que dizem é meramente retórico, não há nenhuma base científica.

O senhor já fez experimentos com animais. O que o fez mudar de ideia?
Meu posicionamento mudou apenas uma década depois que terminei a faculdade de medicina. Minha esposa é veterinária e comecei a notar como tratávamos nossos pacientes de maneira muito diferente. Comecei a notar também que alguns remédios funcionam muito bem em animais, mas não funcionam em humanos e algumas drogas funcionam em humanos, mas não podem ser usadas em cães, mas podem ser usadas em gatos e assim por diante. Não estou dizendo que os animais e os humanos são exatamente opostos, não é isso. Eles têm muito em comum.

A semelhança genética de 90% entre humanos e camundongos não é suficiente?
Aparentemente não. Porque os dados científicos dizem que não. Não me interessa se somos suficientemente semelhantes aos animais para fazer testes neles ou não. A minha interpretação é científica. E a ciência diz que não somos. Na minha experiência clínica isso é verdade porque não conseguimos prever nem quais serão os efeitos de um remédio no seu irmão, realizando testes em você. Algumas drogas que você pode tomar, seu irmão não pode, por exemplo. Contudo, eu não sou contra todo tipo de experimento com animais. É possível recorrer aos animais para utilização de algumas partes. Por exemplo, podemos utilizar a válvula cardíaca de um porco para substituir a de seres humanos. Além disso, é possível cultivar vírus, insulina, mas isso não é pesquisa. O fracasso está em utilizar modelos animais para prever o que irá acontecer com um ser humano. Um ótimo exemplo disso é a Aids. Os animais não desenvolvem essa doença, de jeito nenhum. Eles sofrem de doenças parecidas com a Aids, mas por causa de vírus completamente diferentes. E os sintomas são muito diferentes dos manifestados em pacientes aidéticos. Por isso, não há correlação.

O senhor é contra o eventual sacrifício de animais em pesquisas científicas com o objetivo de salvar milhões de vidas humanas? Eu não tenho nenhum problema com isso. Meu problema com pesquisa animal não é de cunho ético e sim, científico. É como dizer que estamos em um cruzeiro atravessando o oceano Atlântico e um indivíduo cai na água e está se afogando. Ele precisa é de um salva-vidas mas não temos nenhum, então vamos arremessar 1.000 cães na água. Por que arremessar os cães na água já que eles não vão salvar a vida da pessoa? Você pode construir um argumento ético dizendo que é aceitável afogar esses cães mas o que eu quero dizer é que a pessoa precisa de um salva-vidas e não 1.000 cães afogados. E é exatamente isso que estamos fazendo com a pesquisa animal. Estamos matando cães pelo bem de matar cães. Não porque matá-los irá trazer a cura para doenças como a Aids ou o Alzheimer.

Por que eles vivem menos?


Condomínio de Ribeirão tem animais envenenados

A Cidade 
Segunda, 06 de Fevereiro de 2012 - 22h09


Dois cães foram envenenados e mortos no Residencial Nova Aliança, na zona Sul

Wesley Alcântara




Foto: Matheus Urenha / A Cidade
O cachorro de Caroline Estrella morreu na noite de sábado, depois de comer o pedaço de linguiça com veneno: "Ele morreu em pouco menos de 30 minutos".


Cães e gatos de estimação estão sendo mortos envenenados no Residencial Nova Aliança, condomínio de alto padrão na zona Sul de Ribeirão Preto. Neste fim de semana, dois animais morreram, depois de comer pedaços de linguiça com "chumbinho" (veneno para rato), jogados nas calçadas e ruas do residencial.
O ataque contra a vida dos animais começou há dois meses, quando três gatos foram mortos e outro cão ficou intoxicado.
A Delegacia dos Animais em Ribeirão vai abrir inquérito para apurar o caso. Ainda não há suspeito.
Criadores de animais estão revoltados e pedem justiça. Segundo os moradores, não existe qualquer desavença no condomínio, que poderia motivar os ataques.
O cachorro de estimação da gerente de vendas Caroline Estrella morreu na noite de sábado, depois de comer o pedaço de linguiça com veneno.
A mulher passeava com o seu poodle - "Fred", de 7 anos - sem a coleira, quando ele atravessou a rua. Ao se aproximar de um canteiro, viu um pedaço de carne jogado e engoliu.
"Quando chegamos em casa, o meu cão começou a passar a mal. Ele morreu em pouco menos de 30 minutos", conta Caroline.
O biólogo Fernando Tapajós Roselino também perdeu seu animal da mesma maneira, na noite da última sexta-feira.
Ele conta que sua mulher passeava com dois cães da raça Teckel, quando um deles comeu um pedaço de linguiça com veneno. O animal de estimação tinha 3 anos de idade.
Segundo o biólogo, pedaços de linguiça ou salsicha são jogados em pontos estratégicos no condomínio, perto dos postes de iluminação.

Polícia
O delegado Marcos Cesar Borges diz que uma amostra de linguiça foi apreendida para análise. "Vamos investigar o caso para identificar a autoria", disse.
Pela legislação específica, a pena pela morte de animais é de três meses a um ano de reclusão, além do pagamento de multa.

A síndica do condomínio não foi encontrada para falar sobre o caso.

Um dia na vida de um cão num laboratório de "pesquisa" - O que sente um animal ao ser usado numa aula de vivissecção por CADEIA PARA QUEM MALTRATA OS ANIMAIS, sábado, 2 de Abril de 2011 às 10:48 ·

A causa dos direitos dos animais une as pessoas de boa vontade. Já que, juntos, podemos mais em favor daqueles que não tem como se defender por si mesmos.
"Não há bons ou maus combates, apenas o horror ao sofrimento aplicado aos mais fracos que não podem se defender."
Brigitte Bardot

Texto do Comitê para Pesquisa, Divulgação e Defesa dos Direitos Animais (CPDA)

O texto a seguir é o relato do que sente um animal ao ser usado numa aula de medicina, onde é submetido a um terrível procedimento.
Tivemos como base relatos de aulas onde práticas similares ocorreram. Não afirmamos que isto seja o comum, em faculdades médicas onde se usa animais. Todavia, tampouco cremos nas alegações, de professores e alunos destes cursos, de que os animais "nunca sentem nada". Mesmo quando se procura poupar o animal do sofrimento, este sempre existe, até porque não é apenas físico, mas também psicológico.
Na verdade, toda dor, ou mesmo dor nenhuma, é sempre um abuso, no contexto de qualquer atividade que utiliza animais como recursos, violando a liberdade com que foram criados, muito antes que os seres humanos existissem e se arrogassem o papel de "superiores".
DOR

"O fisiologista não é um homem comum: é um cientista, possuído e absorvido na idéia científica que persegue. Ele não ouve os lamentos dos animais, ele não vê o sangue que corre, ele não vê nada exceto sua idéia, e não percebe nada exceto um organismo que oculta a resposta para o problema que está buscando resolver." (Claude Bernard, fundador da vivisseçcão moderna, meados do século XIX)
"Quem já viveu a dura experiência de encarar um cão subanestesiado tendo suas vísceras extraídas, e ao olhar seus olhos ver lágrimas, apenas lágrimas como manifestação de dor, já que toda sua musculatura está paralisada pelos bloqueadores neuromusculares, sabe exatamente do que estou falando" (Dr. Marcelo Andrade, médico cardiologista, lembrando a experiência nos tempos de graduação, final do século XX).
Um dia antes, ele foi deixado ali. Preso numa gaiola, numa sala escura. Por todos os lados, outras gaiolas, com outros animais. No silêncio, ele fica acordado, presa de expectativa. Já cansou de latir, uivar, e agora apenas espera – pelo que não sabe nem pode prever. Foi trazido de algum lugar (um Centro de Controle de Zoonoses da prefeitura), depois de ter sido apanhado pela carrocinha – um cão que vivia solto nas ruas. Sem lar, sem nome, esteve próximo da execução no CCZ, mas enfim alguém se apropriou dele. Uma faculdade – uma das muitas faculdades de medicina que ainda usam animais.
O tempo passa. Vez ou outra, um ruído próximo: outro animal se move ou suspira. Com fome, arrepiado (é frio, o depósito), o cão mantém-se quieto, enroscado em si mesmo. Os olhos varrem o escuro, mas sabe que adiante estão as grades. Então, um som. Um filete de luz surge ao rés do chão. E uma porta se abre. Um homem vestido com uniforme azul entra na sala, enquanto animais acordam e começam a latir. O cão na gaiola se levanta e, não sendo bravo, aperta os olhos para acompanhar o movimento. Vê as grades se abrirem, é seguro por mãos firmes e comprimido junto ao peito.
De repente, está no meio da luz. O contato do uniforme o esquenta, as mãos têm delicadeza. O homem tranca o depósito, os latidos dos animais ficam distantes. Cruzam um corredor de paredes brancas e janelas gradeadas. Cruzam outra porta e, no momento seguinte, o cão vê-se entre uma dezena de pessoas. São rapazes e moças, vestidos com jalecos brancos – alguns parecem tensos. Farejando o ar, o cão percebe medo e o coração bate mais forte. Há um clima tenso e todos o seguem com o olhar. No silêncio da sala, um homem maduro, também de jaleco, toma-o das mãos do primeiro homem e diz alguma coisa. O-B-R-I-G-A-D-O (o tom soa tranqüilo).
Sozinho, o cão busca em redor. Numa janela, o começo da manhã: um pátio, pessoas, carros parando. O coração batendo, ouve o professor falar aos estudantes. Alvo de olhares, sente a tensão crescer, mas nem todos estão tensos. O silêncio continua grande, entre cada palavra do homem de branco. Não há tanta delicadeza, agora – as mãos apertam seus rins. Algo como ser pego com pouca atenção. Chega o momento em que o homem pára de falar e dois rapazes acercam-se do cão. Pares de mãos colocam-no sobre uma mesa – de costas sobre o frio alumínio. Os jovens mantêm-no nesta posição, enquanto o professor toma cada uma das patas e estende, amarrando com barbante.
O cão vê tudo de cabeça para baixo. No crânio, a pressão da mesa, o frio nas orelhas e no dorso. Tenta se mover, mas as pernas estão esticadas para fora. Quanto mais luta, mais forte é a pressão nos pulsos. Sentindo o ar, percebe a tensão, agora dominante – o coração batendo muito rápido. Sem ver a janela, o cão escuta o homem falar, palavras que não entende, avisos que não entende e instruções que não entende. Se pudesse entender, saberia que tratam da importância do conhecimento científico e da necessidade de observação imparcial do que será feito.
Então, sente uma picada - acabam de lhe aplicar uma injeção. E é como se o corpo lhe escapasse, os músculos relaxando pouco a pouco. Ele continua consciente, mas não pode mais se mover.
O cão escuta um som metálico – uma caixa é colocada ao seu lado. Uma moça, de vinte e poucos anos, tira um objeto brilhante e o entrega ao homem de jaleco. O coração bate sob a pele, os pulmões respiram com rapidez e há uma ânsia de latir. A dor nos pulsos fica mais angustiante. Já não vê a janela, mas ouve ruídos, sons vindos de longe. O cão olha em redor de si, até onde consegue vê frascos escuros e cartazes com desenhos (Anatomia Humana). Nesse momento, o grupo aproxima-se, fecha-se em torno: uma dezena de jalecos brancos e, mais próximo, o professor. Então, sente uma dor aguda – começam a cortar sua barriga.
O coração dispara, o cão tenta soltar-se, a dor fica insuportável. Tenta bater as pernas, mas nada acontece. Os pulsos estalam, o pescoço incha, os olhos ficam vermelhos e um gemido escapa pela boca inerte. Como queria ganir – desabafar a dor! O corpo quente diante de seus olhos debruça-se, o ventre arde e queima enquanto o bisturi avança. O cão grita, mas o som perde-se na garganta. Não ouve um som, apenas as batidas surdas do coração. Ninguém fala, existe apenas a tensão contida. Movendo a cabeça, vê jalecos amarelos (a visão se embaça), rostos rígidos e atentos. Os olhos não piscam, mas evitam os seus.
Sobre a mesa, o cão treme. Agora mal se percebe sua respiração – mas ainda está vivo. Um calor brota de si, escorre pelo corpo, empapa seu dorso – sangue jorrando. A mente nublada, os olhos escuros, sente o bisturi parar. Mãos abrem sua barriga. O corpo estremece, as pernas de afrouxam, enquanto as vísceras são manuseadas. O coração bate fraco, os olhos se fecham, a respiração diminui. Os jalecos se inclinam, uma voz fala no silêncio sem gemidos.
Depois, fecham-no. E acaba a lição.
NOTA : É aqui que entra VOCÊ!
A mudança deste tipo de conduta criminosa no país está em SUAS MÃOS.
Não na minha ou na sua individualmente, mas nas mãos da sociedade que precisa aprender a se manifestar e fazer valer sua Vontade.
ACORDA, BRASIL!!!!!!!!!
Um governo não é nada mais __ ou deveria ser __ do que um realizador dos desejos de uma nação.
Aqui, isto não vem funcionando assim. Isto precisa mudar.
Proteste, manifeste-se, boicote, assine petições, divulgue o seu repúdio e informações que esclareçam à opinião pública o que acontece nos bastidores da "ciência" e de muitas faculdades de ensino, que preferem ainda não recorrer às alternativas existentes.