quinta-feira, 24 de maio de 2012

Mulher que matava cães e depois vendia a carne para consumo é finalmente presa

Sarajevo - 24 de maio de 2012 às 6:00

Por Natalia Cesana (da Redação - ANDA)

Foto: Reprodução/Care 2

Mesmo que pareça impossível, a história acontecia há anos e muitos em Sarajevo, capital da Bósnia Herzegovina, a conheciam. Mas ninguém se preocupou em parar a barbárie. Hoje, finalmente e graças a Jelena Paunovic, a sádica responsável pela morte de dezenas de cães foi presa.
Seu nome é Senka Saric e por anos recolheu cães das ruas e os emparedou no porão de sua casa. Depois ela os levava para a casa de campo e, junto ao marido, os matava para conseguir carne e vendê-la a açougues e restaurantes.

Senka Saric foi presa (Foto: Care 2)

Por anos Jelena Paunovic procurou ajuda das instituições públicas para interromper o massacre, mas ninguém interveio em seu favor, sempre com a desculpa de que o local onde os cães eram mantidos prisioneiros era uma propriedade privada e, portanto, seria necessário um mandado de busca, que parecia impossível de ser conseguido por um juiz. Tudo que Jelena conseguiu fazer em todo esse tempo foi levar um pouco de comida aos cachorros que esperavam pela morte, colocando-a nas fendas feitas por Senka nas paredes para que os animais não sufocassem.
Por anos, a casa exalou um cheiro horrível. E os vizinhos não podiam dormir à noite devido aos uivos desesperados dos cães. E ninguém fazia nada.
Pela primeira vez, no entanto, uma história tão terrível teve um final feliz, graças à perseverança e aos apelos de Jelena, que publicou um abaixo-assinado na internet para divulgar ao mundo o que ocorria em seu país.
Algumas pessoas circundaram a casa até que a polícia chegasse e libertasse do horror seis cachorros que estavam presos. Senka Saric foi presa.

Bois que seriam mortos pelo CCZ de Guarulhos (SP) ganham liberdade

Direito à vida - 24 de maio de 2012 às 14:00

Foto: divulgação

Após aproximadamente 10 dias de duras negociações entre o deputado Feliciano Filho, o Centro de Controle de Zoonoses de Guarulhos e a Coordenadoria Estadual de Defesa Agropecuária, 21 de 24 vacas que seriam mortas foram liberadas no sábado (19) e encaminhadas, pela União Protetora dos Animais (UPA), a uma propriedade rural. Lá, ficarão separadas para não procriarem mais e terão sua merecida ‘aposentadoria’, uma vez que jamais serão comercializadas.
Na madrugada de domingo para segunda, uma dessas vacas deu cria de uma linda bezerrinha, o que elevou o total de animais salvos a 25. “Nós lidamos com vidas,” desabafou o deputado Feliciano. “Antes de começarmos o carregamento elas estavam todas juntas e algumas faziam carinho nas outras, lambendo-lhes o rosto. O mesmo sentimento que nós, seres humanos, temos, elas também têm. Nunca vou me esquecer de um vídeo que assisti, de uma vaca correndo atrás de um caminhão que levava seu filhotinho para fazer vitela. É com muita alegria que temos a certeza de que pelo menos estas vaquinhas e bezerrinhos ficarão juntos para sempre.”

Nota oficial

A Secretaria Municipal de Saúde enviou uma nota em resposta à denúncia publicada na ANDA de que 25 bois recolhidos seriam abatidos pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Guarulhos (SP).
Os animais abandonados e famintos seriam transportados em caminhões para um abatedouro em Piracicaba.
De acordo com informações da nota, ocorreu uma tentativa de transporte dos animais para o abate sanitário, que não foi efetivada pois houve uma reconsideração por parte das autoridades do Estado.

Veja a nota na íntegra:

Nota à imprensa

A Secretaria Municipal de Saúde informa que, no início deste mês, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) recolheu um total de 24 bovinos que estavam soltos em importantes vias públicas da cidade, sem seus proprietários, expondo motoristas e pedestres a risco de acidente grave e até morte.
Por não se tratar de animais domésticos, o CCZ, em atendimento ao Decreto Estadual 45/2011, fez a comunicação do recolhimento à Coordenadoria de Defesa Agropecuária, órgão vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, que efetuou a apreensão dos animais e determinou, num primeiro momento, o abate sanitário dos bovinos.
Dessa forma, o CCZ tornou-se apenas o local de guarda desses animais, uma vez que eles já estão apreendidos pelo governo do Estado. No entanto, desde que deram entrada no local, eles estão recebendo todos os cuidados necessários, tendo sido inclusive tratados contra ectoparasitose (carrapatos).
Além disso, desde o início do mês, o CCZ, em parceria com as entidades de proteção animal, vem tentando buscar uma solução alternativa para preservar a vida e bem-estar dos animais e, ao mesmo tempo, a saúde da população. Apesar dos esforços nesse sentido, nesta segunda-feira (14) ocorreu uma tentativa de transporte dos bovinos para o abate sanitário, que acabou não se efetivando, pois houve uma reconsideração por parte das autoridades do Estado.
Portanto, por ora os animais permanecem no CCZ no aguardo de vacina contra a febre aftosa e de exames laboratoriais para a detecção de brucelose e tuberculose, análises que deverão definir o destino final dos bovinos.

Meio ambiente é preocupação para 94% dos brasileiros

Quinta-feira, 24 de maio de 2012


A preocupação dos brasileiros com o aquecimento global e problemas ambientais de uma forma geral aumentou nos últimos anos, segundo uma pesquisa nacional realizada pelo Ibope a pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O percentual de pessoas que se dizem preocupadas com o meio ambiente aumentou de 80%, em 2010, para 94%, em 2011.
Além disso, 44% dos entrevistados afirmaram que a proteção ao meio ambiente tem prioridade sobre o crescimento econômico, comparado a 30% anteriormente.
Só 8% disseram que o crescimento econômico é prioritário, e 40% acreditam que é possível conciliar ambos.
Com relação às mudanças climáticas, 79% acham que o aquecimento global é causado pelo ser humano, e o percentual que considera esse aquecimento um problema "muito grave" aumentou de 47%, em 2009, para 65%, em 2011.
Entre os entrevistados, 66% classificaram o aquecimento global como "um problema imediato, que deve ser combatido urgentemente".
É a terceira vez que a CNI encomenda uma pesquisa de opinião sobre meio ambiente ao Ibope, dentro da série Retratos da Sociedade Brasileira - que também já abordou temas como saúde e educação. Algumas perguntas são inéditas, enquanto outras são repetidas dos anos anteriores, permitindo comparações.
"A ideia é conhecer a opinião da sociedade sobre temas importantes. Com a chegada da Rio+20 (a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre em junho), resolvemos repetir a pesquisa sobre meio ambiente", diz o gerente executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca.
Foram entrevistadas 2.002 pessoas com mais de 16 anos em todas as regiões do País, entre 2 e 5 de dezembro de 2011. As perguntas foram agrupadas em três grandes temas: meio ambiente; mudanças climáticas; coleta seletiva e reciclagem de lixo.
O desmatamento é o problema ambiental que mais preocupa os brasileiros, citado por 53% dos entrevistados. Em seguida aparecem a poluição das águas, citada por 44% das pessoas, e o aquecimento global, com 30%.

Comportamento

Mais da metade dos entrevistados (52%) disse estar disposta a pagar mais por um produto ambientalmente correto, comparado a 24% que afirmaram não estar dispostos.
Para 16%, a decisão "depende do quanto mais caro" custa o produto.
Apenas 18%, porém, disseram ter modificado efetivamente seus hábitos de consumo em prol da sustentabilidade - por exemplo, preferindo produtos ecologicamente corretos ou deixando de comprar aqueles nocivos ao meio ambiente.
"Não basta saber a opinião das pessoas; queremos saber como elas se comportam com relação a essa opinião", afirma Fonseca. A maioria das pessoas disse que evita o desperdício de água (71%) e energia (58%), mas é difícil saber quanto disso é resultado de uma preocupação ambiental versus uma preocupação econômica com as despesas da casa.
Entre os dados que mais chamaram a atenção da CNI está o percentual de pessoas que apontam a indústria como principal responsável pelo aquecimento global.
A taxa passou de 25%, em 2010, para 38%, em 2011 - apesar de a principal fonte de emissão de gases do efeito estufa no País ser o desmatamento, não a indústria.

Reciclagem

Mais da metade dos brasileiros (59%), segundo a pesquisa, separa algum tipo de lixo para reciclagem, e 67% consideram a reciclagem "muito importante" para o meio ambiente.
Porém, 48% dizem não ter acesso direto à coleta seletiva de lixo - índice que chega a 68% nas Regiões Norte e Centro-Oeste. Dados que mostram um descompasso entre a preocupação da população com o tema e a capacidade de fazer alguma coisa para resolvê-lo.

Fonte: Herton Escobar - OESP