sábado, 31 de março de 2012

Manifestação Antivivissecção e Experimentação Animal reúne mais de 70 cidades dentro e fora do país

31 de março de 2012 às 6:00




Foto: Reprodução 


Indignação e informação. Este é o lema do 2º Manifesto Antivivissecção e Experimentação Animal, que será realizado no dia 28 de abril, às 15h, simultaneamente, em diversas cidades do Brasil e do exterior.
Em Taubaté a manifestação está sendo organizada por protetores de animais independentes e contará com a participação de cidades vizinhas como São José dos Campos.
Idealizada pelo grupo Cadeia Para Quem Maltrata os Animais (hoje com mais de 30 mil membros) e pela WEEAC (World Event to End Animal Cruelty) – ambas com ativismo abolicionista pelo fim da exploração dos animais – a atividade pretende abrir discussões sobre métodos éticos alternativos existentes, empregados e reconhecidos por inúmeras faculdades e instituições de ensino, bem como denunciar a utilização de animais vivos com propósitos experimentais.
Para o biólogo Sérgio Greif, co-autor do livro A verdadeira face da Experimentação Animal: a sua saúde em perigo e redator do Manifesto que lançou oficialmente o evento em questão, os experimentos prévios realizados em animais, sustentados na ideia tentar de impedir que os seres humanos corram os “primeiros” riscos dos efeitos ainda não mapeados, não garantem segurança para a sociedade, muito menos apontam caminhos precisos, sobretudo do ponto de vista científico. “É grande o número de drogas aprovadas que são recolhidas das prateleiras no prazo de um ano após sua colocação no mercado. O motivo deste recolhimento é a detecção de efeitos colaterais na população humana, efeitos estes que não haviam sido detectados em testes em animais”, afirma o ativista.
Ainda sobre esta prática, Greif garante ser possível questionar o argumento de que seres humanos e animais domésticos são diretamente beneficiados com as pesquisas. “Ocorre que, embora exaustivamente testados e aprovados em animais, os tratamentos se mostraram falhos em sua fase de testes, sem sinais de efeitos promissores em seres humanos. Muitos deles, apesar da segurança comprovada em animais, produziram efeitos colaterais, e muitas vezes a morte de muitas pessoas”, complementa o ativista.

Linha do tempo

Em 2011, as cidades que participaram foram Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Brasília e Belo Horizonte. À época, o grupo Cadeia Para Quem Maltrata os Animais programou a manifestação pela ocasião do Dia Internacional de Protesto contra Experimentação Animal, 16 de abril. A proposta levou às ruas das cinco capitais manifestantes que procuraram conscientizar a população através de gritos de ordem, cartazes, folhetos e performances que sensibilizavam para a necessidade de abolir o uso de seres vivos não humanos em experimentos científicos, uma vez que já existem pesquisas que se baseiam em análises feitas em computadores e/ou simuladores que substituem métodos arcaicos de pesquisas. Para 2012, 43 cidades brasileiras já confirmaram participação, de norte a sul, além de Portugal, Austrália, United Kingdom – Birmingham, Los Angelis – Califórnia e Argentina – Buenos Aires.
Norah André, responsável nacional do manifesto, relembra com entusiasmo o percurso que foi traçado com a ideia da ação, desde o ano passado até a atualidade. “No ano passado fomos cinco capitais brasileiras. Este ano, faremos muito melhor e maior! A cada dia, mais pessoas se juntam a esta causa; mais cidades se mobilizam nesta luta. Essa livre resposta de adesão é a prova de que ninguém aceita mais o fato de muitos ainda insistirem em destituir e interditar os animais de sua individualidade como sujeitos, tão sujeitos como os indivíduos humanos”, pontua a organizadora.

Vivissecção/Experimentação animal

No Brasil, as faculdades de medicina, medicina veterinária, biologia, psicologia, odontologia, ciências farmacêuticas, enfermagem, dentre outras, possuem aulas práticas onde são utilizados animais vivos. Na vivissecção – cuja origem é atribuída ao médico romano de origem grega, Cláudio Galeno, no século I, DC. – animais são encaminhados vivos para a sala de aula, onde são contidos e anestesiados (nem sempre adequadamente) para em seguida, com a presença do professor e alunos, serem utilizados em diversos experimentos de aprendizagem. Após a prática são sacrificados.
Na Europa e Estados Unidos, muitas faculdades de medicina não mais utilizam animais, nem mesmo nas matérias práticas, como técnica cirúrgica e cirurgia, oferecendo substitutivos em todos os setores. Nos EUA, mais de 100 escolas de medicina (quase 70%) incluindo Harvard, não utilizam animais. Na Inglaterra e Alemanha, a utilização de animais na educação médica foi abolida. Na Grã-Bretanha (Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda) estudantes são proibidos, por lei, a praticarem cirurgia em animais.

Sobre Sérgio Greif

Biólogo formado pela UNICAMP, mestre, ativista pelos direitos animais, vegano desde 1998, consultor em diversas ações civis publicas e audiências públicas em defesa dos direitos animais.
Co-autor do livro “A Verdadeira Face da Experimentação Animal: A sua saúde em perigo” e autor de “Alternativas ao Uso de Animais Vivos na Educação: pela ciência responsável”, além de diversos artigos e ensaios referentes à nutrição vegetariana, ao modo de vida vegano, aos direitos ambientais, à bioética, à experimentação animal, aos métodos substitutivos ao uso de animais na pesquisa e na educação e aos impactos da pecuária ao meio ambiente, entre outros temas.

Links sobre a II Manifestação Antivivissecção e Experimentação Animal

- Manifesto redigido por Sergio Greif, em 17/02/2012 – clique aqui

- 1º vídeo informativo:
http://youtu.be/olyMkGAS7Ik

- 2º vídeo informativo:
http://youtu.be/BpHzPoFrgpM

- Blog com textos informativos sobre o tema:
http://contatoanimal.blogspot.com/

- Relação atualizada das cidades brasileiras que integram o evento nacional e internacional:
http://contatoanimal.blogspot.com/2012/02/ii-manifestacao-nacional-anti.html

- Petições e pedidos de assinaturas:
http://contatoanimal.blogspot.com/2012/02/peticoes-relacionadas-vivisseccao-e.html

Fonte: Vale News

Polícia conclui que cadela Mel sofreu acidente, e não maus-tratos

Inquérito encerrado - 31 de março de 2012 às 20:00





(Foto: Reprodução)

O inquérito policial que investigava os possíveis maus-tratos contra a cadelinha Mel foi encerrado esta semana. De acordo com a delegada titular da Decat (Delegacia Especializada de Repressão de Crimes Ambientais e Proteção ao Turista), Suzimar Batistela, depoimentos de testemunhas e laudos médicos comprovaram que a lesão na coluna do animal ocorreu por conta de um acidente.
“A conclusão a que nós chegamos é de que o rapaz acusado pelo irmão não agrediu a Mel. Odepoimento dele entrou em contradição na segunda vez que em que ele foi intimado e também descobrimos que o acusado cuida de outros animais, inclusive um que é surdo e outro que foi atropelado”, explica a delegada.
Segundo a delegada Batistela, testemunhas disseram que o acusado tem cuidado com os seus animais e inclusive os leva frequentemente ao pet shop. “No momento em que saía com o seu veículo, um deles atropelou acidentalmente o animal e por isso ninguém será indiciado”, afirma a delegada.
Por parte da clínica onde Mel se encontra, a veterinária Ana Lúcia Salviato explica que são poucas as probabilidades de ela voltar a andar. Na semana passada, Mel passou por uma mielografia (exame da coluna) e uma cirurgia. “O quadro clínico dela é o mesmo, com pouca probabilidade de voltar a andar. Mas, com o tratamento, a luxação diminuiu e ela está melhorando”, avaliou a veterinária na ocasião.

Caso
Mel foi internada na noite dia 27 de fevereiro e permanece na mesma clínica, na Rui Barbosa, em Campo Grande até o momento. Ela foi levada, segundo a polícia, pelo irmão do acusado, que não deu detalhes sobre o que teria causado a lesão na coluna.
A pena para maus-tratos, segundo a delegada, varia de três meses a um ano de reclusão, podendo ser revertida em prestação de serviços à comunidade.

Fonte: Midiamax

Centro médico da Marinha dos EUA abandona o uso de animais para experimentação

ANDA - Fim da tortura nos laboratórios - 31 de março de 2012 às 6:00

Por Natália Cesana (da Redação)


Foto: Reprodução/GreenMe

Simuladores eletrônicos dotados de alta tecnologia no lugar de ferrets. Esta é a decisão tomada pelo Centro Médico Naval de Portsmounth (NMCP), na Virgínia (EUA), uma das maiores referências da Marinha norte-americana no ensino médico.
Depois de dois anos de insistência por parte de associações em defesa dos animais, o centro substituiu completamente o uso cruel de ferrets no ensino das técnicas de intubação de crianças. Tal prática era marcada pela inserção de um tubo plástico na traqueia dos animais por volta de 10 vezes por sessão, causando sangramento, inchaço, fortes dores e até a morte, por colapso pulmonar.
A notícia foi divulgada por William Beckman, diretor responsável pela formação de pessoal no NMCP. “Todos os exercícios de intubação neonatal previstos para o mês de abril serão cancelados, pois o Centro Médico Naval de Portsmounth não utiliza mas ferrets na formação de pediatrias”, informou.
As associações em defesa dos animais lembram que nos EUA 90% dos programas de formação de médicos pediatrias usam apenas modernos simuladores de crianças e que o NMCP agora se une a tantos institutos que escolheram abolir a cruel e injustificável exploração de ferrets.
“A decisão do Centro Médico Naval de Portsmounth representa que os alunos podem aprender a salvar crianças sem ferir os animais. Os pais querem que o encarregado de salvar a vida de seus filhos tenha recebido a melhor educação médica disponível, e isso envolve simuladores, não ferrets”, falou a vice-presidente da PETA, Kathy Guillermo.
Os ferrets, fornecidos por multinacionais como a Marshall, ainda hoje são animais muito requisitados na anacrônica experimentação animal. Mas graças ao emprego de alta tecnologia de simulação tem sido possível salvá-los e ainda garantir que o médico ofereça um tratamento ‘cruelty free’ e de qualidade aos pequenos pacientes.