domingo, 29 de abril de 2012

O que é ser um protetor de animais?




Por: Lilian Rockenbach do Instituto Nina Rosa

“Hoje em dia a proteção animal virou um modismo. Muita gente acha bacana dizer que é “Protetor de Animais”, mas o que exatamente ser um “Protetor de Animais”?
Para começar gostaria de esclarecer que proteger animais não é chamar uma ONG ou ligar para um protetor independente quando um animal está sendo mal tratado. Proteger animais também não é ficar no computador apenas repassando pedidos de ajuda, nem se sentir no direito de exigir e cobrar que pessoas ligadas a causa façam o que você considera certo fazer. Estas são apenas formas de divulgar ações e necessidades ligadas a causa, e não a proteção em sua essência.
Em primeiro lugar é importante saber que protetores de animais são pessoas iguais a você, eles trabalham, estudam, possuem família, filhos, quintal pequeno, moram em apartamento em alguns casos, mas decidiram arregaçar as mangas e fazer a diferença. Um dia desses eu ouvi que “ser protetor de animais é um apostolado”, e isso significa você dedicar sua vida, seu tempo e seu dinheiro a uma causa que muito provavelmente “nunca” lhe trará nenhum retorno material. Consiste também em mudar seus hábitos alimentares (parar de consumir carne), hábitos de diversão (rodeios, vaquejadas, touradas, feiras de exposição, de exploração, de competição, etc.), hábitos de consumo (roupas de origem animal como casacos de pele, etc.), hábitos em geral.
O “protetor de animais” muda sua visão em relação a vida, passa a respeitar toda forma de vida, passa a lutar pela defesa dos direitos dos animais, pela castração, pela adoção, por leis mais rígidas e que os defendam, pela conscientização da população, contra a exploração animal em todas as suas formas, contra o comercio de animais, etc.
Ninguém muda estes hábitos facilmente, nenhuma pessoa que conheço amanheceu e disse: a partir de hoje sou um protetor de animais e vou deixar de fazer tudo o que fiz a minha vida inteira. A vontade de ajudar nos impulsiona a levantar e ir, com o tempo criamos cada vez mais a consciência em relação aos assuntos relacionados à causa, nossos hábitos são mudados aos poucos e gradativamente. É uma luta pessoal contra nós mesmo, e em alguns casos, contra nossos familiares que não conseguem entender e aceitar essa mudança.
Ser um “protetor de animais” é ter responsabilidade social de maneira totalmente independente da caridade. Promover a conscientização em relação ao respeito dos animais é uma das bandeiras mais importantes da causa, fazer com que as pessoas enxerguem que o animal tem uma vida que precisa ser respeitada, é uma batalha constante. Os animais existem da mesma maneira que todos nós, possuem suas individualidades e não estão aqui para nos servir.
Os defensores dos animais devem ser felizes com sua bandeira, devem se orgulhar do que fazem. Se defender animais te trouxer algum tipo de angústia, talvez seja a hora de repensar e mudar de causa. Os animais precisam de pessoas sensatas, que estejam sempre empenhadas em aprender, que estejam dispostas a tentar mudar o mundo, mas se conseguirem mudar apenas a pessoa que está ao seu lado, já fizeram muito mais do que 99% da população. Os animais não podem se defender, eles só têm a nós, seres humanos, para defendê-los, e exatamente por isso temos que nos manter equilibrados para fazê-lo, e fazer com prazer, paixão e de maneira otimista. Pessoas agressivas e desacreditadas, não apenas na causa animais mas em todas as causas, geralmente não conseguem atingir seus objetivos na sociedade, pois não conseguem desenvolver o potencial necessário para valorizar a causa que defendem.
Tenha sempre a frente, e como referência, pessoas inseridas na causa e que desenvolvam um trabalho baseado na seriedade e, acima de tudo, idoneidade. Fuja dos falsos protetores, pessoas que estão inseridas na causa tentando tirar benefícios materiais ou prestígio. Acredite em você e em seus objetivos, arregace as mangas e faça, não tenha projetos alimentados apenas pela esperança, estabeleça objetivos e metas, faça você também a diferença. Pense qual a melhor forma de ajudar os animais, quais os seus pontos fortes, se você gostaria de trabalhar com resgates, com adoção, com maus tratos, com educação, contra exploração, etc. Acredite em você, e dê o seu melhor.
Abrace uma causa, qualquer causa, mas faça-o com responsabilidade e de coração aberto. Mude seus conceitos, abandone os preconceitos e faça a diferença.
Existem 3 tipos de pessoas:As que fazem acontecer, as que deixam acontecer e as que perguntam o que aconteceu? (John Richardson Jr)”

Parabéns Araraquara!!!!!!!!!!



Ativistas irão protestar contra acordo do Brasil e China para exportar jumentos

Recife/PE - 28 de abril de 2012 às 6:00

A carne e a pele dos animais seriam processados no Brasil, mas, como não existem empresas especializadas, não há previsão para o acordo ser colocado em prática (Foto: Reprodução)

A II Manifestação Nacional contra a Vivissecção, que foi marcada através do Facebook para a manhã desta sexta-feira (27), tem, entre as críticas, um acordo fechado entre o Brasil e a China. A parceria foi formada para exportar carne e pele de asnos, os populares jumentos do Nordeste brasileiro.
A exportação, no entanto, não tem previsão para ser realizada. Em nota, o Itamaraty, informou: “Em tese, os animais seriam abatidos no Brasil, que exportaria o produto processado. Cabe ressaltar, no entanto, que não há produção de carne e pele comestível de asno no Brasil.” Portanto, não houve negociações para saber o preço e a quantidade de animais usados. Esses detalhes seriam definidos pelas empresas.
Ainda segundo o Itamaraty, o protocolo que prevê a exportação foi assinado no dia 13 de fevereiro deste ano, entre a Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena da China e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil. A assinatura aconteceu na reunião da Comissão Sino-brasileira de Concertação e Cooperação (Cosban), que estabelece relações diplomáticas e comerciais entre os dois países.
Os manifestantes organizam, além do ato marcado para as 10h, na frente ao Centro de Ciencias Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na Cidade Universitária, Zona Oeste do Recife, uma petição pública através da internet para levar as assinaturas ao Ministério Público Federal.

Na reunião da Cosban, o vice-primeiro Ministro, Wang Qishan, e o vice-presidente brasileiro, 
Michel Temer (Foto: Agência Brasil)

Confira trecho do texto de convocação que circula nas redes sociais:

“As assinaturas farão parte do processo que faremos de CANCELAMENTO deste acordo bilateral, que JAMAIS passou pelo Congresso Nacional, como teria que ter acontecido se vivêssemos num país que respeita pelo menos as leis, já que os seres vivos não merecem sua consideração, como demonstra Belo Monte e toda uma série de medidas ditatoriais destrutivas do meio ambiente e de nossa flora e nossa fauna”.

Fonte: NE10

Escolas exibem vacas mutilada para atrair visitantes

Crueldade e sadismo - 29 de abril de 2012 às 6:00

Por Natalia Cesana (da Redação - ANDA)

Foto: PETA

Não deveria acontecer com animais inteligentes e sensíveis como as vacas, mas acontece: buracos são feitos no dorso delas como forma de atrair crianças e possíveis estudantes em eventos universitários e angariadores de fundos. Participantes, perturbados com o fato, enviaram à PETA algumas fotografias, que podem ser vistas abaixo:
Estas vacas fazem parte de um experimento comum que envolve a remoção permanente de um pedaço do abdome dos animais de modo que o estômago fique exposto.
Apesar de existirem métodos mais modernos para conduzir este estudo sem o envolvimento de animais, os ‘pesquisadores’ alimentam as vacas com vários tipos de comida e depois recolhem amostras pelo buraco.
As vacas fistuladas são depois exibidas em eventos onde os participantes são convidados a “tocar o estômago” delas ou “colocar a mão dentro de uma vaca”.
A PETA tem ouvido com frequência alunos e pais de alunos irritados por testemunhar esse tipo de exploração. Infelizmente, a única lei que protege os animais usados em experimentos, a Lei pelo Bem-estar Animal, não é extensiva a animais utilizados em pesquisa agrícolas, isto é, vacas não teriam proteção legal contra crueldades.

Foto: PETA

Cada vez que a PETA fica sabendo dessas mutilações hediondas, ela entra em contato com a escola para pedir-lhes que interrompa os experimentos e para lembrá-los que existem formas mais humanas para ensinar os alunos sobre Ciências.

ONGs protestam contra animais em pesquisa, em Ribeirão

Sábado, 28 de Abril de 2012 - 20h44


Grupo se reuniu em Ribeirão Preto por causa da 2ª Manifestação Mundial Antivivissecção

Por: Wesley Alcântara - Jornal A Cidade

Foto: Mariana Martins / Especial

Manifestantes também fizeram críticas aos rodeios e pediram uma legislação mais severa 

Mais de 60 pessoas ligadas a entidades de proteção aos animais fizeram uma manifestação neste sábado (28) contra o uso de animais em experimentos científicos. Com cartazes em mãos, o grupo se reuniu no cruzamento entre as avenidas Professor João Fiúsa e Presidente Vargas, na zona Sul.
A ação acontece por causa da 2ª Manifestação Mundial Antivivissecção. A presidente da Associação Vida Animal (AVA), Maria Cristina Dias, explica que existem alternativas para diminuir o sofrimento dos animais em pesquisa. "É preciso ter solidariedade dos cientistas. Quando se tem uma pesquisa, uma outra não precisa repetir os experimentos", diz.
Já a presidente da Associação Seja Cão Ciente, Vylna Cassoni, pede punição mais severa para combater os maus-tratos aos animais. "A punição é muito branda. É preciso rever toda a legislação."
O movimento em Ribeirão teve apoio da AVA, Projeto Murilo Pretinho, CãoPaixão, Focinhos S.A., e protetores independentes.

Eles fazem de tudo para salvar os animais

Protetores em ação - 28 de abril de 2012 às 18:00 




Não importa o número de cães e gatos que um protetor de animais mantém sob seus cuidados. Os problemas enfrentados por quem trabalha sozinho ou tem o apoio de uma grande organização não governamental (ONG) são praticamente os mesmos: falta de recursos e de espaço, além da dificuldade para encontrar um novo lar para os bichos resgatados. E para não abandonar a causa, vale o improviso e a ajuda de voluntários.
A atuação dos protetores é apontada como fundamental para minimizar os problemas causados pelo abandono de cães e gatos, já que o Estado não dá conta de abrigar todos os bichos deixados nas ruas ou vítimas de maus-tratos.
“Acompanhamos o trabalho de uma grande quantidade de ONGs que patrocinam a comida e a estadia de animais abandonados, para que não pereçam e causem um problema maior de saúde pública. Elas são extremamente importantes”, diz a advogada Thaís Leonel, secretária-geral da Comissão de Sustentabilidade e Meio Ambiente da OAB-SP.
Nem o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) nem as ONGs têm espaço suficiente para abrigar todos os animais abandonados ou vítimas de maus-tratos. O jeito é recorrer à casa de voluntários e amigos, pagar canis e gatis particulares e procurar hotéis exclusivos para animais.
Para cobrir os gastos com oito canis particulares, a médica Patrícia de Arruda Cancellara, de 41 anos, criadora da entidade Pitcão, que atua no resgate de pit bulls, precisa de quatro empregos. “Já resgatamos mais de 500 bichos, e vê-los recuperados e vivendo bem com uma nova família não tem preço”, alega. A solução encontrada pela ONG Adote um Gatinho foi criar uma rede de voluntários dispostos a receber os gatos temporariamente em suas casas. “Dos nossos 450 gatos, 120 estão em um abrigo na Barra Funda e 330 ficam nas casas de 50 voluntários”, disse Susan Yamamoto, presidente da organização Adote um Gatinho.
A paixão pelos animais levou Angélica Chantren Palharini, de 48 anos, a largar a carreira de produtora de uma dupla sertaneja para montar um serviço de táxi dog. Há quatro anos, Angélica cobra para transportar animais até o veterinário, por exemplo, e atende a chamados de vizinhos preocupados com cachorros abandonados no bairro. Para a tarefa, seu marido, Aírton Diniz Lourenço, de 44 anos, confeccionou uma armadilha para cães – que não machuca os animais. “Se olhar minhas fotos de criança, sempre tem um bichinho. É um caso de amor. Minha felicidade é poder ajudar os animais”, diz Angélica.
Para driblar a dificuldade de adoção, protetores recorrem à internet, compartilhando fotos de cães e gatos por e-mails, em blogs e no Facebook. Já a falta de verba é mais difícil de ser resolvida. Além das doações em dinheiro, as entidades podem recorrer à Justiça para conseguir o dinheiro da transição penal de processos de acusados de maus-tratos. “Pode-se entrar com uma liminar pendido ao juiz do caso para que o réu da ação arque com as despesas durante o processo”, diz a promotora Vânia Tuglio, do Ministério Público.
Membro de um grupo de combate a crimes ambientais, ela diz que uma de suas prioridades é repassar às ONGs as multas pagas por quem é condenado por maus-tratos. Segundo ela, trata-se de uma obrigação prevista na lei que não vinha sendo cumprida.
“A verba das ações envolvendo maus-tratos devem, obrigatoriamente, ser repassadas a instituições da área de proteção animal ou ambiental, não a hospitais ou afins, como vinha ocorrendo”, diz a promotora.

Fonte: Estadão