sexta-feira, 20 de abril de 2012

Lobby farmacêutico lança campanha tendenciosa favorável à vivissecção

Apologia à tortura nos laboratórios - 20 de abril de 2012 às 6:00

Por Graziella Belliato (da Redação ANDA)

Foto: Reprodução

Diante do medo de perder sua fonte de renda – devido à crescente rejeição da sociedade italiana pela vivissecção – as empresas que lucram com a exploração de animais em laboratórios lançaram uma demagógica campanha que pretende justificar os horrores cometidos em nome da ciência. As informações são da IgualdadAnimal.
Uma associação de empresas de pesquisas biomédicas lançou na Itália uma caríssima campanha publicitária internacional na televisão, “outdoors”, rádio e internet a favor da vivissecção. A imagem utilizada não poderia ser mais tendenciosa e demagógica: ao lado da frase “Um dia poderei salvar tua vida”, aparecem um rato e uma menininha.
O anúncio é considerado “um insulto que ofende a inteligência dos italianos e é a prova de que as multinacionais [do ramo] estão em dificuldade” para defender a cruel prática da vivissecção, conforme denuncia a ex-ministra do Turismo, Michela Brambilla, fundadora da “Federação Italiana de Associações pelos Direitos dos Animais”.
No ano passado, uma campanha bastante similar aconteceu nos Estados Unidos, nas cidades onde se localizam os principais centros de pesquisa médica em primatas: Los Angeles, Seatte, Portland, Chicado e Baltimore. Neste caso, a campanha foi custeada pela “Foundation for Biomedical Research”, uma organização financiada pelas universidades, hospitais, companhias farmacêuticas, biotecnológicas e empresas com interesses nas pesquisas com animais.
86% da população italiana é contra a experimentação animal.

Primata torturado para experimentação animal (Foto: Reprodução)

Há não muito tempo era impensável uma campanha com estas características financiada basicamente pelas multinacionais farmacêuticas. Se agora isso acontece, é porque tem crescido muito a consciência social contra a vivissecção. De fato, o instituto italiano de pesquisa “Eurispes” afirma que 86% dos italianos é totalmente contra essa prática.
Segundo a ex-ministra Brambilla, faz cinco anos que a experimentação com animais foi eliminada nos centros de pesquisa estatais dos Estados Unidos, porque “existem seguros métodos alternativos à vivissecção, mediante o cultivo de células e tecidos. Os interesses econômicos destas multinacionais não devem prevalecer sobre o direito dos cidadãos de poder contar com uma pesquisa científica eticamente aceitável e verdadeiramente segura. Não há necessidade de escolher entre o rato e a menina. Podem viver os dois”. Os promotores da campanha pretendem convencer a sociedade de que sem a pesquisa com animais a medicina e os tratamentos que hoje possuímos não existiriam.

2.500 beagles para laboratórios

Seguramente, o que mais tem mobilizado a sociedade italiana contra a vivissecção é centro de “Green Hill”, onde são criados 2.500 cães da raça beagle destinados aos laboratórios de todo o mundo, principalmente na Europa.
Se trata de um lucrativo negócio que tem irritado os italianos até o ponto de fazer com eles, no próximo 28 de abril, saiam às ruas para realizar uma manifestação nacional pedindo o fechamento do local e a libertação dos animais. Para defender seus argumentos os ativistas recordam uma frase de Albert Einstein a respeito da vivissecção: “Nenhum objetivo é tão alto para justificar métodos tão indignos”.

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