quarta-feira, 4 de abril de 2012

Ativistas pedem vigilância e punições contra caça a rinocerontes

África - 04 de abril de 2012 às 6:00

Por Yara Bayoumy

Caça de rinocerontes na África do Sul pode causar desaparecimento de diversas espécies até 2020. (Foto: Reuters/Brent Stirton/Getty Images)

Maior vigilância e punições mais duras são necessárias para conter a caça de rinocerontes na África, e o animal pode desaparecer da natureza até 2025 se as autoridades não tomarem providências, disseram ativistas nesta terça-feira (3).
Estima-se que a população mundial de rinocerontes tenha diminuído 90 por cento desde 1970. Restam na África cerca de 20.150 rinocerontes brancos, que estão quase ameaçados, e 4.840 rinocerontes negros, que estão criticamente ameaçados.
“Certamente chegamos a um ponto de inflexão nas populações de rinocerontes. Não há como nossas populações nacionais aguentarem o nível de caça”, disse à Reuters o presidente da Associação de Proprietários Privados de Rinocerontes da África do Sul, Pelham Jones, durante um encontro no Quênia.
“O que tenho visto no passado são muitos políticos… solidamente enfiando suas cabeças na areia… A atitude de dizer que não há crise é uma declaração de alheamento. Há uma crise”, disse Jones.
No ano passado, 448 rinocerontes foram abatidos só na África do Sul, um aumento de 33 por cento em relação ao ano anterior. Isso se deve à maior demanda dos países asiáticos, onde o chifre do rinoceronte é considerado uma cura para o câncer – algo sem base científica.
A África do Sul concentra mais de 90 por cento da população africana de rinocerontes.
O preço do chifre de rinoceronte atingiu mais de 50 mil dólares por quilo, superior à cotação do ouro, segundo participantes da cúpula promovida pela entidade Fundação Africana da Vida Selvagem.

Fonte: Reuters

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